Planejamentos e fiscalização na área da construção civil
O crescimento do setor da construção civil se reflete em vários segmentos e nichos menores ou mais específicos. Atualmente, as partes de fiscalização, planejamentos e automação estão entre as que mais crescem.
De fato, tais questões envolvem não apenas a eficiência do projeto, ou seja a constante busca por redução de custos e otimização de tempo, mas também remetem ao quesito legalidade, normas, diretrizes e até segurança do empreendimento.
Ao falar em automação falamos, certamente, na parte mais propriamente financeira do negócio. Também conhecida como mecanização, ela diz respeito à capacidade que os gestores e projetistas têm de interligar todos os conceitos em andamento durante cada etapa do processo.
Tal como na indústria em geral, aqui a automação remete a novas tecnologias, bem como à relação produto/serviço que o empreendimento engloba.
Não é novidade para ninguém que na engenharia civil, tal como em qualquer negócio comercial, ter acesso ao melhor maquinário e à melhor mão de obra aumenta a velocidade da produção e reduz os custos.
Com isso, essa pode ser a grande diferença entre uma construtora menor ou mesmo uma empreiteira de grande porte permanecer no mercado, ou então ser engolida pela concorrência mais eficiente.
Ao contrário do que ocorre na indústria comum, no caso da construção civil o “princípio produtivo” precisa ser deslocado a cada nova obra. Ou seja, ele não permanece fixo em uma unidade fabril como no caso da indústria química, automobilística, petrolífera, etc.
As vantagens mais salientes da automação/mecanização são as seguintes:
- Um ganho considerável na produtividade;
- Uma grande redução do esforço humano de trabalho;
- Uma maior assertividade que só as máquinas permitem;
- Maior previsibilidade e domínio sobre o cronograma;
- Otimização do tempo de trabalho e dos custos, etc.
Adiante ficará claro, com exemplos mais abrangentes e alguns mais práticos, a importância não apenas da automação na construção civil, como também da fiscalização e dos planejamentos supracitados.
Os planejamentos e controles
O planejamento e controle de obras da engenharia civil é, de todos esses tópicos, o que mais se aproxima dos parágrafos antecedentes.
Muito mais do que prever datas, prazos e fases de entrega e lançamento, o planejamento diz respeito a uma visão de conjunto, atualmente referida como “visão holística” a respeito de todo o projeto.
Das matérias-primas e suprimentos, passando pela mão de obra interna ou terceirizada, até chegar nos maquinários mais pesados, tudo isso diz respeito ao planejamento de obras.
Desse modo, o gestor dessa parte deve ser capaz de amarrar todas essas pontas, em constante comunicação com os profissionais que vão do pedreiro ao engenheiro.
O famoso Ciclo PDCA, inicialmente aplicado pelos norte-americanos, visa a contribuir para esse esforço.
Sua sigla remete ao conceito “Plan do check act”, que em português seria algo como “o planejar faz a ação”. Esse sistema, de modo geral, consiste em:
- Passo 01: estipular cada um dos objetivos/processos;
- Passo 02: implementar esses processos e objetivos;
- Passo 03: monitorar as etapas em andamento;
- Passo 04: executar as melhorias que se mostrem necessárias.
A vantagem dessa metodologia consiste em alguns pontos que podem fazer toda a diferença, embora pareçam um detalhe.
O principal deles é o fato de que os famosos “imprevistos” já constam no conceito como algo “normal”, ou seja: certamente algo sempre fugirá ao controle, mas se após a implementação houver um monitoramento eficiente, as devidas melhorias sempre serão alcançadas de modo positivo.
Qual o papel das fiscalizações?
A parte de fiscalização obras construção civil é, provavelmente, aquela que mais pode causar “imprevistos” se não for devidamente levada em conta.
De fato, com o crescimento do setor de construção civil, as leis, diretrizes e regulamentações acabam crescendo cada vez mais.
É assim para que tal crescimento não impacte negativamente quer nas populações que vivem em regiões de crescimento exponencial, quer no próprio meio ambiente.
Por isso, atualmente existem regras e leis que devem ser assistidas desde os estágios iniciais até as últimas etapas dos empreendimentos.
Um exemplo simples e clássico é o da impermeabilização de coberturas. Por tratar-se de uma parte mais ligada ao acabamento das edificações, muitas vezes o cliente ou mesmo o projetista pode achar que o serviço pode ser feito sem maiores implicações. E de fato já foi assim um dia.
Todavia, atualmente todo serviço ou procedimento de impermeabilização deve atender as diretrizes previstas na NBR-9575 de 2010, isto é, às exigências da própria ABNT (Associação Brasileira de Normas e Técnicas), publicada no ano de 2010.