Segurança e treinamento NR 33

A redução dos riscos no ambiente de trabalho é feita por meio de medidas estabelecidas em consenso com as normas de saúde e segurança. Mais ainda, é um direito assegurado aos trabalhadores pela constituição federal.

Entretanto, existem casos, como atividades realizadas em espaços confinados que precisam de atenção redobrada. Por isso, é relevante o cuidado frequente com esses ambientes de trabalho, reduzindo os riscos de acidentes dos funcionários e proporcionando mais bem-estar para eles.

A NR 33 (norma regulamentadora 33) foi criada pelo Ministério do Trabalho com a função de melhorar a segurança e reduzir riscos que os funcionários correm em alguns ambientes ao exercerem suas atividades. Assim, essa norma tem foco de proporcionar medidas que garantam a seguridade em espaços confinados, que apresentam maior dificuldade para fuga – por exemplo.

Deste modo, por meio de um treinamento NR 33 o colaborador está apto para realizar alguns procedimentos e identificar a melhor forma de agir dentro de uma situação de risco.

A finalidade do treinamento é estabelecer todos os dados possíveis para encontrar o tamanho dos espaços confinados e o reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos, tentando garantir a segurança e saúde dos funcionários que interagem, de forma direta ou indireta, neste ambiente.

Neste artigo será possível encontrar as informações relevantes que você precisa saber sobre os treinamentos NR 33, a saúde e a segurança do trabalhador, veja os treinamentos mais conhecidos nos tópicos abaixo.

Treinamento espaço confinado

É definido como um espaço confinado qualquer ambiente ou local não projetado para o acesso humano, pois possui um espaço pequeno, dificultando a entrada e saída do local.

Nesse ambiente a ventilação também é insuficiente, sendo necessário utilizar aparelhos adequados para enriquecer o acesso do oxigênio.

Neste cenário, o treinamento espaço confinado NR 33 tem como objetivo capacitar pessoas como trabalhadores e vigias de espaço menores de forma a conhecer os perigos e riscos para poder se prevenir desses riscos.

Mais ainda, ele garante um certificado de forma que esses locais tem maior controle sobre quem entra no espaço. Isso porque só será possível permitir o acesso de pessoas treinadas e com o certificado de capacitação profissional.

O treinamento é dividido em aulas teóricas e práticas, trazendo a capacitação do profissional para o desempenho de suas atividades no trabalho nesse tipo de ambiente.

O treinamento possui, em média, de 35 a 40 horas e visa passar os seguintes conteúdos:

• Identificação dos espaços;

• Segurança e saúde no trabalho;

• Proteções respiratórias;

• Reconhecimento e controle de riscos;

• Funcionamento de equipamentos utilizados;

• Resgate e primeiros socorros.

Além desses conteúdos é possível encontrar outros que facilitem o aperfeiçoamento e o conhecimento na hora de realizar a prova para o certificado final. Para isso, também existem diversos cursos complementares.

Treinamento de resgate em espaço confinado

O empregador precisa implementar a gestão de segurança e saúde durante a sua ação no serviço prestado.

Assim, por meio de medidas técnicas, com uma base em possíveis situações de emergências e ações de salvamento, é possível garantir que os ambientes se manterão acessíveis mesmo após o trabalho executado e trazer mais tranquilidade aos operadores que atuarão no ambiente.

O aprimoramento dessas técnicas e a conscientização do operador é possível ao proporcionar um treinamento de resgate em espaço confinado.

Quando o treinamento de resgate é respeitado e executado de maneira adequada ele minimiza índices de acidentes de trabalho, assegurando que cada membro tenha os equipamentos corretos, como os respiratórios e de resgate, além de garantir que os participantes do resgate possuam condições psicológicas adequadas de se manterem calmos.

Treinamento de altura nr 35

Já o treinamento de altura nr 35 procura entregar os requisitos mínimos e medidas de segurança para o trabalho em altura executada a 2 metros de altura do chão.

Isso porque, a partir desta altura existe o risco de quedas e possíveis acidentes que trazem consequências para a integridade física do operador. Por esse motivo, vale destacar a importância do planejamento, organização e execução, garantindo a saúde dos trabalhadores.

Qualquer profissional que exerce algum trabalho na altura acima do informado é preciso que tenha realizado um curso NR 35 com o conteúdo programático mínimo de:

• Análise de risco;

• Medidas preventivas de controle;

• Equipamentos de proteção coletivo e individual;

• Condutas em situações de emergência.

Caso seja possível, é importante evitar procedimentos de trabalho em altura, sempre que existir um meio alternativo é importante priorizá-lo, eliminando riscos que as consequências de quedas trazem.

Além das medidas citadas, é necessário que os funcionários que estejam aptos a trabalhar em altura também se mantenham equipados com trava quedas, cinto de segurança tipo paraquedista, capacete com jugular, talabartes ajustáveis, talabartes simples, talabarte Y, botinas de segurança, óculos de segurança, luvas de segurança entre outros equipamentos de segurança.

Instalação de linhas de vida

O sistemas de proteção contra quedas informa que sempre que não for possível evitar o trabalho em altura é necessário utilizar o sistema de proteção contra quedas, que têm como objetivo eliminar os riscos de quedas em caso de falhas durante o percurso.

Os SPCQ (Sistemas de Proteção Contra Quedas) devem ser projetados por profissionais legalmente habilitados. Existem alguns princípios SPCQ que são baseados em:

• Restrição de movimento para diminuir o risco de queda;

• Retenção de queda, utilizando um aparelho destinado a dificultar a queda do trabalhador como uma rede;

• Acesso por cordas, técnica que utiliza cabo de aço com outros equipamentos para se deslocar horizontalmente ou verticalmente.

Nesse contexto, é imprescindível contar com a técnica conhecida como instalação de linhas de vida.

De modo geral, a linha de vida é um termo designado a um equipamento que permite ao funcionário trabalhar de forma segura, garantindo a sua integridade física e das pessoas ao seu redor.

Nesse cenário, são instalados os cabos de aço, fitas ou cordas em um cinto que está no corpo do colaborador. Essa linha também deverá ser fixada em ganchos/ancoras em uma estrutura fixa, de forma a evitar que o operador caia de uma grande altura.